Ranqueamento no Google x backlinks

Backlinks de qualidade e fontes diversas impactam o ranqueamento no Google, como mostra uma análise da Backlinko sobre 11,8 milhões de resultados, resumida em um infográfico para fácil consulta.

Publicado em: 6 de maio de 2020
Atualizado em: 2 de novembro de 2024

Será que obter backlinks de qualidade e de fontes diversas realmente tem um impacto relevante no ranqueamento no Google?

Uma pesquisa publicada pela Backlinko divulgou uma análise realizada em mais de 11,8 milhões resultados de pesquisa do Google.

O objetivo foi tentar entender quais fatores estão relacionados com o ranqueamento dos sites nas primeiras páginas do Google.

Para deixar o entendimento ainda mais fácil, preparamos um infográfico com o resumo dos tópicos mais importantes e fundamentais sobre backlinks, para você salvar e consultar quando quiser. Clique na imagem abaixo para acessá-lo:

banner baixar infográfico o impacto dos backlinks

O estudo destacou a relação direta da AUTORIDADE DOS SITES e dos BACKLINKS, vindos de fontes diversas, na conquista das melhores posições no buscador.

Aqui na Experta, sempre acreditamos que conteúdos de qualidade, distribuídos de forma estratégica, são uma fórmula infalível para um projeto de link building.

Apesar de, na prática, vivenciarmos os excelentes resultados trazidos pela distribuição de conteúdo em veículos digitais, sabemos da importância dos dados pesquisas para validarem nossas decisões.

Leia: Principais perguntas e respostas para saber o que é link building

Continue a leitura e saiba mais detalhes sobre a pesquisa

 

Quais fatores de ranqueamento impactam as primeiras posições no Google?

Quem acompanha o universo do SEO e do link building sabe que Brian Dean, da Backlinko, é um dos maiores especialistas da área.

Ele se destaca por desenvolver estudos, metodologias e pesquisas baseados em um grande volume de dados, que nos ajudam a entender e aplicar as melhores estratégias para ranquear no Google.

Nas palavras de Brian, “eu acho que o mundo do SEO precisa de mais dados como esse. Como se costuma dizer, os números não mentem.”

Para realizar a pesquisa que estamos traduzindo aqui, três itens foram observados:

  • Conteúdo
  • Backlinks
  • Velocidade de carregamento

Entre os diversos fatores que chamaram atenção está a relação direta da autoridade dos sites e dos backlinks com as primeiras posições de ranqueamento no Google.

Confira alguns pontos de destaque da pesquisa:

Domínios de autoridade altos tendem a se classificar melhor no Google

  • autoridade geral de um site se correlaciona fortemente com as classificações mais altas. A autoridade do site foi medida pela ferramenta Ahrefs e chamada de DR (Domain rating).
  • Páginas com muitos backlinks são classificadas acima de páginas que não têm tantos backlinks. O resultado nº 1 do Google tem uma média de 3,8 vezes mais backlinks do que as posições de número 2 a 10.
  • Conteúdos mais abrangentes e bem elaborados superaram significativamente os que não abordam um tópico em profundidade.
  • Não houve correlação entre a velocidade de carregamento da página (medida pelo Alexa) e o ranking do Google na primeira página.
  • Obter backlinks de vários sites diferentes é importante para o SEO. O número de domínios vinculados a uma página tem correlação com o ranqueamento.
  • A grande maioria das titles no Google corresponde exatamente ou parcialmente à palavra-chave para a qual elas são classificadas. No entanto, foi encontrada uma correlação praticamente nula entre o uso de uma palavra-chave na tag de título e as classificações mais altas na primeira página. De forma simplificada a palavra-chave na title te ajuda a chegar na primeira página, mas depois que você está lá, pode não ser um fator determinante para disputar as primeiras posições.
  • autoridade da página (PR), também medida pelo Ahrefs, tem pouca correlação com o ranqueamento.
  • resultado médio do número de palavras nos conteúdos ranqueados na primeira página do Google é de 1.447 palavras.
  • Páginas pesadas têm a mesma chance de classificação que páginas leves.
  • Apesar de pouca relação entre o tamanho de uma URL e o ranqueamento no Google, as URLs mais curtas ainda têm uma pequena vantagem nos ranqueamentos em relação a URLs mais longas.
  • Marcação Schema não se correlacionou com um melhor posicionamento.
  • Sites que conseguem reter usuários com um tempo acima da média tendem a ter uma classificação mais alta no Google. De forma mais específica, aumentar o tempo no site em 3 segundos está relacionado à classificação mais alta nos resultados dos mecanismos de busca.

A pesquisa mostrou que a autoridade geral dos links de um site (medida pelo Ahrefs) se correlaciona com classificações mais altas do Google na primeira página:

Ranqueamento no Google x backlinks
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

E, em geral, a posição média do domínio aumenta pela posição da SERP.

pesquisa backlinko
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

Em outras palavras, quanto mais alto você estiver na primeira página, maior será a classificação do seu domínio.

Páginas com mais backlinks tendem a se classificar em melhores posições do que as páginas com menos backlinks

Um dos pontos que Brian Dean diz chamar atenção nos resultados é o de que 95% das páginas analisadas não possui quaisquer backlinks.

Esse resultado foi de encontro a outra análise realizada pela Backlinko-BuzzSumo, em  912 milhões de postagens em blogs, que constatou que 94% de todos os conteúdos possuíam zero backlinks.

Como o número de páginas com zero backlinks começou a distorcer a análise. Eles decidiram excluir essas páginas dos resultados.

Dessa maneira, constatou-se que as páginas com maior número de backlinks tendem a ranquear melhor no Google

Pesquisa backlinko sobre ranqueamento

Eles também observaram que o primeiro colocado nas páginas do Google tem 3,8 vezes mais backlinks dos que se classificam entre as posições 2 e 10.

Pesquisa backlink número de backlinks
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

A variedade de domínios de referência parece ter influência nos rankings

diversidade de backlinks é extremamente importante, conforme sempre alertamos aqui na Experta.  Quando falamos de diversidade, estamos nos referindo a receber links de sites diferentes e, de preferência, com boa autoridade.

Os estudos mostraram que a diversidade de domínios tem um impacto substancial nas classificações. De forma resumida, é melhor obter 10 links de 10 sites diferentes do que 10 links do mesmo domínio.

Pesquisa backlinko diversidade de domínios
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

Assim como nos backlinks, os principais resultados tendem a ter mais domínios vinculados do que aqueles na parte inferior da primeira página.

Conteúdo abrangente se correlaciona fortemente com classificações mais altas

O estudo realizado quis colocar a prova se conteúdos mais abrangentes ranqueiam melhor. Por conteúdo abrangente, eles consideram aqueles que cobrem de forma mais completa um assunto ou tópico.

Para fazer a análise, foi utilizado um software chamado Clearscope.io, capaz de pontuar os conteúdos contidos nessas páginas de acordo com a profundidade do tópico abordado. No total, foram inseridas 11,8 milhões de URLs.

A ferramenta mostrou que conteúdos mais aprofundados e completos ocupam as melhores posições.

Pesquisa backlink conteúdo abrangente
Fonte: https://backlinko.com/

O número médio de palavras em um conteúdo da primeira página do Google é de 1.447 palavras

Outra parte do estudo revelou que que conteúdos mais longos tendem a acumular mais backlinks do que os posts de blogs mais curtos.

Pesquisa sobre conteúdo longo
Fonte: https://backlinko.com/

No geral, a contagem média de palavras dos 10 melhores resultados do Google é de 1.447 palavras.

No entanto, apesar de o conteúdo longo tender a ser melhor para o ganho de links, não encontrou-se relação direta entre a contagem de palavras e a classificação.

pesquisa numero de palavras no texto
Fonte: https://backlinko.com/

Isso pode ser devido ao fato de que o conteúdo de formato longo pode ajudar a chegar na primeira página. Mas isso não ajudará quando você for disputar as primeiras posições.

Sendo este um estudo de correlação, é impossível identificar por que o conteúdo longo tende a aparecer na primeira página do Google.

A maioria das tags de título na primeira página do Google contém palavras-chave que correspondem exatamente ou parcialmente à pesquisa

Desde o surgimento dos mecanismos de busca, a tag title (ou tag de título) foi considerada o elemento de SEO mais importante de uma página.

title tem o objetivo de fornecer às pessoas (e aos mecanismos de pesquisa) uma visão geral do tópico principal de uma página. Por isso, é previsível que as palavras que aparecem na tag de título tenham um impacto significativo nas classificações.

O próprio Guia do Google para iniciantes em SEO recomenda a criação de tags de título que descrevam o que é essa página.

A pesquisa reforçou que a maioria das titles na primeira página do Google contém toda ou parte da palavra-chave para a qual elas são classificadas.

A maioria dos títulos contém de 65% a 85% da palavra-chave.

Pesquisa backlinko title
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

Apesar disso, as tags de título otimizadas por palavra-chave não se correlacionam com classificações mais altas na primeira página do Google.

Pesquisa backlinko title e palavra-chave
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

De fato, o modelo linear do gráfico prevê uma relação muito pequena entre a correspondência da tag title e as classificações (apenas uma diferença de 1% entre o resultado nº 1 e nº 10).

Parece que uma title rica em palavras-chave pode ser um “ticket para entrada” que pode ajudá-lo a chegar à primeira página.

No entanto, quando você estiver na primeira página, o uso da palavra-chave exata em seu título pode não ser primordial para subir na classificação.

É aí que entram outros fatores como backlinks, experiência do usuário e autoridade de domínio.

Tags H1 otimizadas por palavras-chave não se correlacionam com classificações mais altas

Semelhante às descobertas das titles, a maioria das páginas nos resultados do Google tem uma palavra-chave correspondente na tag H1 da página.

A maioria das tags H1 contém de 60% a 80% da palavra-chave.

Pesquisa backlinko
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

Além disso, os H1s correspondentes a palavras-chave não têm essencialmente nenhuma relação com classificações mais altas do Google.

A autoridade da página (UR) tem uma ligeira correlação com classificações mais altas

A pesquisa realizada pela Backlinko também buscou responder a outra pergunta:

A autoridade de página influencia no ranqueamento?

Em outras palavras, é mais importante obter backlinks para uma página específica ou a autoridade de domínio geral de um site é mais importante?

Para descobrir, analisou-se a correlação da autoridade da página (medida pelo Ahrefs como URL Rating) com as posições no Google. 

O resultado encontrado foi de que existe uma relação, mas ela é baixa.

Pesquisa backlinko url rating
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

Outra observação é de que as páginas classificadas nas posições 1 a 6 têm uma classificação média de URL 12. Já entre aquelas entre a posição e 7-10, é 11.

No geral, a maioria das classificações de URL é semelhante entre as 10 principais. E em todas as outras páginas do conjunto de dados, a classificação média da URL de um resultado de primeira página no Google era 11,2.

O peso do HTML da página não tem relação com as classificações

Será que ter uma página enxuta (em termos de bytes totais) afeta sua classificação no Google?

De acordo com a análise realizada, não.

Constatou-se que o tamanho da página não pode ser associado ao seu posicionamento nas classificações.

Pesquisa backlinko
Fonte: https://backlinko.com/search-engine-ranking

O estudo alerta para o fato de que a comunidade SEO especula e questiona o impacto do peso do HTML, mas nas análises realizadas não houve correlação.

URLs curtas tendem a se classificar um pouco melhor do que as URLs longas

Google recomenda o uso de “URLs simples” e aconselha especificamente evitar URLs “extremamente longas“.

No entanto, percebeu-se que essas recomendações parecem estar mais voltadas para a experiência do usuário do que para os resultados de SEO.

E, de fato, a pesquisa mostrou que as URLs curtas estão acima dos URLs longas.

Pesquisa backlinko URL
Fonte: https://backlinko.com/

As URLs na posição 1 são, em média, 9,2 caracteres menores do que as URLs classificados na posição 10.

Pesquisa backlinko URL
Fonte: https://backlinko.com/

Além disso, o tamanho médio da URL nos 10 principais resultados no Google é de 66 caracteres.

No entanto, como um todo, a maioria dos URLs na primeira página do Google tem aproximadamente o mesmo comprimento (40 a 100 caracteres).

pesquisa backlinko comprimento URL
Fonte: https://backlinko.com/

Assim, pela pesquisa, URLs curtas podem melhorar o SEO por alguns motivos diferentes.

Em primeiro lugar, URLs curtas podem levar a um CTR mais alto. Segundo, URLs curtas podem ajudar o Google a entender o que é a sua página.

Por fim, uma URL que tende a apontar para uma página que exige vários cliques, tomando como referência a página inicial, geralmente significa que há menos autoridade fluindo para essa página.

Menos autoridade significa classificações mais baixas.

Não há correlação entre marcação de esquema e classificações

A marcação Schema é sempre muito debatida no universo do SEO. O próprio Google tem sido vago sobre o impacto do Schema nos rankings.

Muitos acreditam que a marcação Schema oferece aos mecanismos de pesquisa uma melhor compreensão do que seu conteúdo significa. Esse entendimento mais profundo os incentivará a mostrar seu site para mais pessoas.

No entanto, apesar desses benefícios em potencial, a pesquisa descobriu que poucos sites implementaram o esquema. Apenas 72,6% das páginas na primeira página do Google usam o recurso.

E, de acordo com a análise, a presença de dados estruturados não teve relação com os rankings do Google.

marcação schema pesquisa backlinko

Tempo de permanência no site acima da média tende a estimular uma classificação mais alta no Google

Muitas pessoas no mundo do SEO especularam se o Google utiliza sinais de experiência do usuário para definir o ranqueamento.  Entre esses fatores estariam: taxa de rejeição, tempo no site, taxa de cliques orgânica e pogo sticking.

Para testar essa teoria, os pesquisadores executaram um subconjunto de domínios de dados por meio do Alexa para determinar o tempo no site.

Em seguida, analisaram se havia alguma correlação entre o tempo no site e os rankings do Google na primeira página.

De fato, eles encontraram uma forte relação entre o tempo no site e as classificações.

Tempo ususário no site pesquisa backlinko
Fonte: Backlinko

Em geral, o tempo médio no site para um resultado da primeira página do Google é de 2,5 minutos.

Tempo médio no site
Fonte: Backlinko

A análise não sugere que o tempo no site tenha uma relação direta com classificações mais altas.

Obviamente, o Google pode usar algo como o tempo no site ou a taxa de rejeição como um sinal de classificação (embora eles tenham negado anteriormente). Ou pode ser o fato de que o conteúdo de alta qualidade mantém as pessoas mais envolvidas.

Portanto, um tempo alto no site é um subproduto de conteúdo de alta qualidade, que o Google mede.

A velocidade de carregamento de um site está correlacionada com o posicionamento no Google?

O Google usa a velocidade do site como um sinal oficial de classificação desde 2010. Em 2018, destacou que esse fator foi projetado para dar aos usuários mobile um carregamento mais rápido

A pesquisa tentou checar se a velocidade de carregamento estaria correlacionada com as melhores posições.

Para realizar a checagem, utilizou-se a velocidade do domínio do Alexa para analisar o tempo médio de carregamento de 1 milhão de domínios em um conjunto de dados e analisou-se a velocidade média de carregamento de todo o domínio.

No geral, não se encontrou correlação entre a velocidade do site e as classificações do Google:

Velocidade de carregamento pesquisa
Fonte: Backlinko

À primeira vista, essa descoberta pode ser uma surpresa. Afinal, o PageSpeed ​​é um sinal confirmado pelo Google. Sabendo disso, você esperaria que as páginas mais rápidas geralmente superassem as mais lentas.

No entanto, os dados mostram um resultado diferente. E quando você se aprofunda um pouco mais, essa falta de relacionamento faz sentido.

Quando o Google anunciou sua atualização de velocidade, eles fizeram questão de ressaltar que essa atualização afetaria amplamente as páginas extremamente lentas. E que a atualização como um todo pode não ser tão impactante.

Ranqueamento no Google x backlinks
Fonte: Backlinko

Atualização de velocidade afeta apenas uma pequena porcentagem de consultas. Em suma, o algoritmo do Google parece eliminar as páginas extremamente lentas versus as rápidas.

A análise descobriu que a velocidade média de carregamento da página para um resultado na primeira página é de 1,65 segundos. A velocidade média de carregamento da página para os 10 melhores resultados do Google é inferior a 2 segundos.

Constatou-se também que uma página média levava 10 segundos para carregar no computador e 27 segundos para carregar no celular.

Comparado a esse benchmark, a velocidade média de carregamento de 1,65 segundo é extremamente rápida. E como os 10 principais resultados tendem a carregar relativamente rápido, eles não parecem ser afetados pelas várias atualizações de velocidade do Google.

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